segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tentando alcançar as estrelas

Tentar alcançar as estrelas é como uma utopia, por mais que tentamos, desejamos e nos esforçamos, sabemos que não conseguiremos. Porém, a beleza das estrelas é algo que nos fascina tanto que o sonho não se vai, a vontade persiste, e continuamos a tentar em vão, com a esperança de que um dia, sabe-se lá porque e nem como, consigamos alcançar o que queremos.

Algumas vezes temos a impressão de que as estrelas estão mais próximas. Sem saber muito bem por qual motivo achamos que talvez a oportunidade chegara, que é a hora de tentar, e assim nos arriscamos só para transformar em realidade aquilo que até pouco tempo atrás parecia inalcançável. Mesmo percebendo as dificuldades, e vendo que a tentiva tem tudo para ser frustada, insistimos em achar que aquela pode ser a melhor oportunidade que temos e persistimos em pensar que não é hora de refletir e quem sabe deixar para uma outra vez.

Eis que então, meio que no impulso, nos jogamos ao céu em busca das estrelas. Elas parecem próximas, seu brilho parece mais forte, e temos a impressão de que as alcançaremos. Até que algo inesperado acontece, o brilho das estrelas se distanciam até desaparecerem da nossa vista e percebemos que algo deu errado. Depois de um tempo a ficha cai e vamos a janela pelo menos para conferir se as estrelas estão lá. Nós as olhamos e percebemos que, por mais que elas estejam tão longe, você ainda as quer alcançar.

Porém, acabamos percebendo que, por mais que desejemos, o melhor que se tem a fazer é apenas admirar. Acabamos chegando a conclusão de que, talvez não seja a tôa que as estrelas estejam tão longe, talvez se elas quissesem ser alcançadas elas chegariam mais perto, não é? O que fica na gente é um estranho sentimento que nos faz pensar: "seu idiota, por quê você achou que ia chegar lá?". Afinal, descobrimos que existem limites que nos são impostos que dificilmente deixarão de existir.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Quando tudo vai rápido demais

Tudo começa com uma coincidência, o lugar certo na hora certa, você conhece alguém e as coisas simplesmente acontecem e parecem que vão ficar por isso mesmo. Mas, mesmo quando elas acontecem por simples e total, "obra do destino", não deixamos de perceber como elas ocorrem, como as coisas funcionaram, e, conseguimos notar se aquilo é algo que pode fazer diferença ou não. Além de percebermos como a gente se comporta na situação, também conseguimos perceber como a outra pessoa se comporta dentro daquilo, é algo facilmente notável, e que, também influencia em como vamos guardar o que aconteceu na nossa memória, se vamos guardar a história, ou a pessoa.

Na grande maioria dos casos, o que fica é a história, rimos ou choramos do que aconteceu, lembramos muito bem de como as coisas funcionaram, mas, não sabemos nada da pessoa, não lembramos se ela é chata ou gente boa, não nos importamos se foi bom pra ela e nem nos sentimos motivados em vê-la de novo, pois, foi como acontece com qualquer uma em qualquer lugar. Só que, em alguns raros casos, o que fica é a pessoa, porque, percebemos que, de alguma forma, não foi algo comum, que o jeito da pessoa combinou com o seu, que realmente foi bom e que aparece uma grande vontade de repetir aquilo. Quando falo sobre algo que nos faz querer ficar com a pessoa novamente, não estou entrando no âmbito dos sentimentos avassaladores que parecem explodir dentro da gente, esse é o tipo de sentimento que vem com o tempo e a convivência, seria imaturo demais querer que tal sensação aparecesse com alguém que acabamos de conhecer.

Quando as coisas acontecem de uma forma que a pessoa fica gravada na sua memória, e que, aparece uma vontade de ficar com ela novamente, com certeza, o que fazemos, é tentar encontrar a pessoa de novo, e mesmo aparecendo dúvidas, questionamentos e inseguranças, passamos por cima disso, em busca daquilo que percebemos da outra vez. E, em alguns casos mais raros ainda, notamos que o que haviamos sentido da primeira vez retorna, e se torna mais verdadeiro. Percebemos que a pessoa é realmente aquilo que esperávamos, e, que o catalisador da vontade de ficar com a pessoa de novo é algo palpável e facilmente descritível, bem diferente daqueles sentimentos imaturos sem muito sentido. Então, o que fazemos é, querer encontrar a pessoa de novo...e de novo...e de novo, e nessas repetidas vezes aquela sensação de que a pessoa combina com você se reforça ainda mais e acaba se criando um pequeno sentimento pela pessoa baseado nas experiências que tiveram juntos.

Além de percebermos como a gente se sente ficando com a pessoa, também recebemos retornos da pessoa que está com a gente, que mostram se ela está gostando ou não. Esses retornos aparecem na forma de palavras, carinhos, sorrisos e etc., e a partir deles, fica claramente perceptível se a pessoa está sentindo o mesmo que você. Mesmo que ela se segure, freie as sensaçôes e tente disfarça-las, sempre ocorre uma hora em que fica nítido o que a pessoa realmente está sentindo dentro da situação. Logo, aquele pequeno sentimento que havia surgido, é mútuo, compartilhado, mesmo que você e a pessoa tenham se conhecido a pouquíssimo tempo. Mesmo ele não sendo um sentimento explosivo e avassalador, não deixa de ser importante, pois foi feito a partir de experiências explosivas e avasaladoras que você teve com a pessoa. Assim, esse pequeno sentimento que se forma acaba tendo um potencial muito grande de se tornar algo maior no futuro, mas, isso não quer dizer que tal potencial realmente se expresse, e é a partir dai que as coisas começam a complicar.

Usando uma metáfora para definir a situação, é como se estivessemos dirigindo numa velocidade tão alta, que empolgados com a possibilidade de chegar rápido ao destino, esquecemos das paradas que teríamos de fazer, acabamos por não perceber aonde estamos e com medo de estarmos perdidos temos que parar para conferir o mapa e ver se a viagem esta sendo feita da maneira correta. Esse é o grande problema quando tudo acontece rápido demais entre duas pessoas, afinal, aquela pessoa que você nem conhecia a uma semana atrás passa ter uma relativa importância na nossa vida e, pelo fato de muita coisa ter acontecido em tão pouco tempo, temos que parar um pouco para ver se o caminho tomado está sendo correto. Nessa hora de reflexão vem a tona os famosos fantasmas que atrapalham a vida da gente, como a insegurança, o medo, os traumas do passado, e, se não formos fortes, eles tomam conta do que a gente está pensando e passam a controlar as nossas vontades, nos deixando à mercê deles.

Neste momento de reflexão vários pensamentos vem a tona, mas, talvez o mais perigoso deles é a ideia de que temos que evitar um possível sofrimento futuro. Quando se esta pensando em manter algo que possui um potencial para se tornar maior, é óbvio que vamos pensar em como as coisas podem ser, e, infelizmente, por causa do medo e da insegurança, muitas vezes os pensamentos que aparecem sempre mostram um lado ruim, de se as coisas não derem certo um dos dois podem sofrer. Em qualquer relacionamento haverá momentos de sofrimento, são inevitáveis, principalmente no fato de que praticamente todos eles acabam um dia, nem que seja com a morte de um dos dois, a única forma de não haver sofrimento pelo final de um relacionamento é se as duas pessoas morrerem ao mesmo tempo, o que beira ao impossível. Ou seja, se formos pensar assim, nunca teremos nada com ninguém e ficaremos reclusos pelo resto de nossas vidas. Além disso, também deveria haver o pensamento contrário, que é de que as coisas podem dar certo, de que podem existir muitos momentos bons que podem ser aproveitados.

Uma outra questão que pode ser levantada, é o fato de que, você não conhece muito a pessoa e não sente algo muito forte por ela. Sentimentos fortes de verdade são construídos com o tempo e a convivência, eles não aparecem do nada e sem motivo plausível. Um sentimento forte de verdade tem como base as reais experiências vividas com a pessoa, e se, não foram vividas muitas experiências boas com ela, por causa do pouco tempo que vocês dois se conhecem, ainda não há combustível suficiente para esse sentimento se tornar algo maior, logo, não tem como sentir algo assim por alguém que você acabou de conhecer. Mas nem por causa disso, devemos se fechar para o outro, acabando com toda e qualquer possibilidade das coisas se tornarem maiores. Não devemos desconsiderar o que aconteceu, renegar os fatos, e deixar de lado o pequeno sentimento criado a partir das boas experiências com a pessoa. Por mais que seja pequeno, é um sentimento forte o suficiente para fazer um ter gostado de ficar com o outro e para manter a vontade que um tem de ficar com o outro mais vezes. Em vez de simplesmente fingir que nada aconteceu, o que pode ser feito é diminuir a velocidade, ir com calma, se conhecer passo a passo, para ai sim, ver se as coisas podem dar certo ou não.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E fez-se a luz...

Em alguns momentos da vida da gente nos sentimos perdidos, não sabemos qual caminho tomar, pois as várias informações que temos que deveriam nos ajudar acabam por deixar nossa mente ainda mais confusa. Mas é completamente fascinante e surreal as formas como tudo vai se encaixando. As respostas vão aparecendo sem que percebamos e no final ficamos estasiados quando a gente descobre que já sabiamos de tudo, que já tinhamos percebido e que conseguimos sentir o que pode estar acontecendo com os outros. É interessante porque é algo que não conseguimos controlar, as coisas so vão chegando aleatoriamente á nossa mente, das mais variadas formas.

Às vezes a gente percebe as coisas sem querer, as informações simplesmenete aparecem na nossa frente. É estranho como as repostas das nossas dúvidas começam a aparecer de forma tão sutil, é uma sutileza tão grande que depois percebemos que só a gente notou. As pessoas não sabem o quanto elas expressam, o quanto elas mostram o que estão pensando. Um simples olhar pode deixar à mostra um pensamento extremamente escondido, mas que, aparece às vistas de quem consegue captar igual a um outdoor com uma foto bem chamativa. Quando a informação chega até a gente ficamos com dúvidas, pois, não podemos ter total certeza do que se passa na cabeça dos outros, mas, é uma idéia tão forte, que não sai da cabeça da gente, só fica esperando a hora de mostrar o sentido real dela.

Quando estamos perdidos não conseguimos ficar dentro de casa, pois esse ambiente gentil e acolhedor já foi todo desvendado e descoberto, sabemos que ali nada de novo aparecerá e então saímos por ai, numa madrugada fria e torrida, esperando que a luz dê de cara com a gente no meio da rua e nos dê uma carona. Mas, quando estamos perdidos, parece que algo esta contra a gente e faz com que ficamos mais perdidos, sinais mais do que estranhos aparecem, e as vezes voce encontra aquilo que te atormenta, que faz você sair de casa para entender, talvez até para fugir, tentar ver algo novo, mas, quando você menos espera, tudo retorna até você da forma mais inesperada possível. Ficamos na dúvida se aquilo foi a luz querendo nos mostrar um sinal ou a escuridão nos dizendo que não se pode fugir, por onde voce vá, suas dúvidas e angústias te acompanharão e você vai dar te cara com ela no meio da rua. Ou seja, não adianta, no fundo sabemos o que fomos procurar, fomos atrás das nossas dúvidas, e elas aparecem para gente, sabemos porque estamos angustiados, e você acaba indo atrás delas mesmo sem saber. Muitos podem dizer que é mera concidência, mas não, isso não existe, tudo é um arranjo do universo para nos mostrar o que procuramos, é como se ele dissesse: Você queria achar não queria? Então, ai está...

Então, no final das contas, quando tudo vem a tona, você percebe que já sabia. Tudo estava completamente claro e nítido na sua cabeça, e de uma forma tão óbvia que a gente nem para pra prestar atenção direito. É completamente estranho mas fascinante o modo como podemos perceber o que vai acontecer, muitas vezes sem a menor idéia disso. Quando paramos para pensar nas informações que chegam aleatoriamente á nossa cabeça, notamos que até aquela imagem que você estava tentando tirar da mente poderia ser algo que realmente estava acontecendo naquele instante e que você sentiu que estava ocorrendo. Percebemos que na verdade as informações que parecem aleatórias foram percebidas por você porque era o que você buscava, se você está procurando a resposta de algo, ela vai até você. Até as mais simples sensações como aquela de que devemos ir para o outro lado da rua quando vemos estranhos se aproximando em uma rua deserta mostra que era algo que realmente deveria acontecer naquela hora, é como se soubessemos o que iriamos perceber mais ainda sem termos notado...

Pois assim vem a minha cabeça os mais diversos pensamentos e questionamentos. Sinceramente, eu não sei dizer se é bom ou ruim ter uma percepção que parece aguçada para ver as coisas que estão por trás do que os nossos cinco sentidos captam. Muitas vezes é extremamente ùtil, mas as vezes percebemos coisas que não queriamos ver, mas, que ficam escancaradas na nossa frente. É interessante perceber que isso vai muito além de uma simples leitura de uma expressão facial ou de um olhar, quando o que buscamos não esta na nossa frente, é como se uma força estranha nos fizesse ir de encontro até as informações que deveriam chegar até a gente. Ou se não estamos perto para ver, uma bela imagem do que você acha que pode estar acontecendo vem a sua mente, e depois ficamos bobos quando percebemos que talvez era algo que era para você ver, só que de uma forma que fosse sutil e que não te abalasse tanto, era para parecer somente uma idéia, uma possibilidade, mas, muito provavelmente estava acontecendo quando isso veio a sua cabeça.

É tudo muito estranho e até assustador, difícil de lidar e difícil de criar uma confiança sobre o que percebemos, mas, causa uma sensação muito boa quando acontece algo que quase ninguém tinha imaginado e você pensa: Eu já sabia...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Será que é só carência?

Uma das grandes perguntas que aparece quando começamos a gostar de alguém é: De onde veio esse sentimento? Infelizmente, quando estamos emocionalmente abalados por causa do que sentimos não conseguimos achar boas respostas para essa pergunta, mas, quando a poeira baixa e conseguimos ser mais racionais nas nossas reflexôes, fica bem mais fácil reponder.

Não é muito difícil achar uma lógica para a origem dos nossos sentimentos, é só pararmos para pensar no que aconteceu na época, ou um pouco antes, e o engraçado que muitas vezes percebemos algo interessante que pode ter causado a explosão de sentimentos dentro da gente, a carência. Quando estamos carentes, ficamos vulneráveis, necessitados de atenção, ou seja, frágeis (engraçado, acho que li sobre isso em algum lugar não muito longe deste post...). Quando estamos nesse estado, ficamos muito mais aberto a paixões, e nos interessamos de forma mais intensa pelas pessoas mais facilmente. Logo, quando encontramos alguém que nos agrade bastante, que realmente chame a nossa atenção de uma forma diferente, acabamos por não conseguir segurar e nos apaixonamos. Mas essa pessoa muitas vezes não está muito longe, quando você reflete sobre o assunto descobre qua é a pessoa interessante mais próxima. E quando pensamos sobre isso podem aterrisar na nossa mente vários questionamentos do tipo: "Será que eu estou gostando dela só porque é a pessoa interessante mais próxima? Se eu me aproximar de mais pessoas vou descobrir que existem pessoas tão interessantes e que irão chamar a minha atenção igual a ela? Ou seja, será ela é menos especial?". São perguntas difíceis de serem respondidas, mas, vamos pensar melhor sobre elas.

Iremos aos poucos, pergunta por pergunta. A primeira a ser respondida é: "Será que eu estou gostando dela só porque é a pessoa interessante mais próxima?". Essa pergunta é a que mais facilmente obtemos a resposta, e de certa forma, ela já foi respondida anteriormente, e a resposta é sim. Se formos retirar as idealizações, que é um assunto para um outro post, e seguirmos uma lógica sobre um sentimento maduro, perceberemos que iremos nos interessar pelas pessoas que conhecemos, que estão mais próximas da gente, aliás, como vamos nos apaixonar por alguém que nem conhecemos? Com base no que essa paixão aconteceria? Podemos pensar que é por causa da beleza física, mas, apenas esse tipo de beleza não é o suficiente para engatilhar um sentimento maduro, ou seja, só ficamos com as idealizações mesmo, entretanto, no caso, tem mais a ver com a gente do que com a outra pessoa, mas, como já disse anteriormente, esse assunto fica para outro dia. Contudo o que fica claro é que, dentro de uma paixão com uma base mais sólida, nos interessamos pelas características da pessoa que chamam a nossa atenção de uma forma especial, e para conhecermos essas características, temos que estar próximos dela.

Chegamos a segunda questão, que diz: "Se eu me aproximar de mais pessoas vou descobrir que existem pessoas tão interessantes e que irão me chamar a atenção igual a ela?". O raciocínio da resposta desta questão não é muito diferente da reflexão que tivemos sobre a primeira. É só você imaginar as pessoas que estão próximas a você e refletir sobre o porque de você estar próximo delas. Muito provavelmente você irá pensar que é porque dentre as pessoas que você convive, elas são as mais interessantes que você encontrou. Logo, a pessoa pela qual você se apaixonou está entre as mais interessantes que você conhece, e se as outras pessoas dentro da nossa convivência não chamaram a atenção nem a ponto de querermos estar próximos delas, nos apaixonar intão acaba ficando fora de cogitação. E a não ser que você mude muito a sua vida, como uma mudança de local de estudos ou trabalho, ou mudança de cidade, você não vai encontrar pessoas tão interessantes quanto as que você está próximo atualmente. É claro que pode acontecer de você descobrir que as pessoas que estão próximas a você não sejam tão interessantes, e acabar mudando de turma, mas, se você conseguir sentir algo de tão intenso por uma delas, quer dizer que a sua percepção para encontrar bons amigos está apurada, e que muito dificilmente você os trocará por pessoas de outro grupo.

Finalmente encontramos o terceiro questionamento, que nos aborda tentando esclarecer sobre o fato de que, após as outras peguntas, existe a possibilidade de descobrirmos que a pessoa da qual gostamos possa não ser tão especial assim. Para esclarecer esse fato, basta retornarmos um pouco para os pensamentos anteriores. Dentre as pessoas inseridas no seu meio de convivência, você selecionou um grupo das que achou mais interessante, e dentro deste seleto grupo, uma dessas pessoas chamou a sua atenção de uma forma tão brusca que você se apaixonou por ela, dentre as pessoas que você encontra quase que diariamente aquela pessoa em especial fez com que você desviasse seus olhares para ela. Acho que nem é necessário eu continuar, mas, para não perdemos a linha de raciocínio, é claro que aquela pessoa é especial, pois ela é única, nenhuma outra chama a atenção dessa forma, imagino que não sejam necessários outros motivos para conceder a pessoa tal classificação dentro de nossas vidas.

Chegamos ao final de mais uma reflexão, e, dentro dela, podemos concluir que, não é o fato de estarmos carentes que pode tirar a graça de sentir algo especial por alguém. A carência é apenas um facilitador, ou melhor dizendo, um par de óculos, que nos faz enxergar coisas que talvez não veríamos se estivessemos cegos para as pessoas que estão ao nosso redor. Ou seja, não é só carência, o fato de estarmos carentes não muda o fato da pessoa pela qual estamos sentindo algo especial ser interessante, chamar a nossa atenção, a carência só nos deixa mais abertos a nos apaixonarmos. Outra coisa que não podemos esquecer é que esse sentimento que nos aflinge em algumas épocas não pode servir de desculpas, como se desmerecessemos as qualidades da pessoa pela qual nos apaixonamos, ele é um sinal se nesse momento realmente queremos estar com alguém, ou se isso não está sendo tão importante. É claro também que, o fato de não estarmos carentes não deve ser usado para colocar uma venda sobre nossos olhos e nos cegar acerca das pessoas que estão ao nosso redor, pois nunca sabemos quando poderá aparecer alguém que faça valer a pena mudar de idéia.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cuidado: Frágil


No post anterior citei sobre o fato de que quando a gente gosta de alguém ficamos frágeis e facilmente influenciáveis. Pensando melhor sobre o assunto, decidi fazer um post sobre isso, pois é algo que nos aflinge seriamente, e acaba influenciando diretamente em nossas vidas.

Quando começamos a gostar de alguém, ficamos quase que a mercê da outra pessoa. Claro que não é todo mundo que é assim, apenas as pessoas que possuem a capacidade de viver esse sentimento intensamente possuem esse comportamento. Mas, continuando com o raciocínio anterior, se ela nos trata bem, ficamos felizes, se por algum motivo desconhecido, a pessoa não nos trata com aquela paciência esperada, ficamos incrivelmente tristes. Nossos caminhos são modificados pela pessoa, o foco do nosso olhar é modificado por causa da pessoa, todos os nossos atos passam a ter a pessoa da qual gostamos como referência. Outro fato interessante é como a nossa paciência se multiplica, não ligamos de esperar, não nos importamos com atrasos, não nos incomodamos em dobrar o nosso percurso quando vamos para casa, e fingimos nem perceber que a história que a pessoa está contando já foi narrada várias e várias vezes. Sem contar que tudo que passa a nossa volta nos lembra da pessoa, como um comentário de um amigo sobre algo que você sabe que a pessoa se interessa, uma placa de um carro registrado onde ela nasceu, aquele filme que você percebe que cai no gosto dela, ou até algum produto no supermercado que você nunca reparou, mas que, pelo fato de você saber que a pessoa gosta, você acaba notando na prateleira. Acabamos por nos tornar praticamente um subalterno da pessoa, e o mais interessante, muitas vezes sem ela perceber.

Quando esse sentimento explode dentro da gente, se torna avassalador. Só a sensação é algo estarlhaçador, te prende, te move, te faz rir e chorar ao mesmo tempo, te faz feliz mas também te entristece, é algo completamente complexo, que praticamente muda nossas vidas de uma hora para a outra. E devido a essa complexidade não conseguimos entender direito o que está acontecendo. E pelo fato de não entendermos acabamos por não conseguir controlar nossos atos, pois não sabemos como lidar com a situação. Se a pessoa da qual gostamos perceber o "controle remoto" que possui nas mãos ficaria fascinada. Infelizmente algumas percebem, muitas vezes pessoas sem o discernimento sobre o que é esse sentimento tão especial, e aproveitam para controlar as pessoas que gostam delas. O que é um tamanho desrespeito, pois transforma algo que deveria ser gratificante para a pessoa que gosta em algo que gera sofrimento.

A fragilidade que nos toma conta, acaba influenciando até em outros momentos da nossa rotina. Não conseguimos nos concentrar nas obrigações, pois a pessoa sempre surge na cabeça. Acabamos por mudar as prioridades do dia-a-dia, só para atender à aquela inquietante vontade de encontrar com ela "por acaso". É extremamente interessante como algo que de certa forma parece simples, toma uma dimensão tão grande, tão poderosa. Mas a pior consequência da fragilidade é o medo. Medo da rejeição, medo de não agradar, e até medo de que o nosso sentimento esteja incomodando a pessoa. O medo se torna tão grande que só o fato da possibilidade da outra pessoa estar chateada com a gente nos deixa extremamente nervosos, e de certa forma desapontados consigo mesmos. Ficamos tão inquietos que não seria estranho sair de casa sem destino só para existir a chance de esbarrarmos com a pessoa por aí e pedirmos desculpas sabe-se lá porque. Mas com certeza o medo mais avassalador é o da rejeição, pois é ele que nos impede de resolver a situação. Só a pequena possibilidade de algo dar errado nos faz emperrar, esperando o tão sonhado momento certo mais que perfeito em que a possibilidade de que as coisas aconteçam como o planejado são quases que incontestáveis. Mas, infelizmente, as chances desse "supermomento" acontecer são quase nulas, então, vamos enrolando e enrolando, até acontecer algo pior...

É nesse ponto que gostar de alguém acaba se tornando perigoso, pois os sentimentos de insegurança, medo, ciúmes, acabam se tornando tão ou mais importantes que o amor, o lado bom do sentimento. E quando esses sentimentos ruins tomam conta, acabamos sofrendo, e para piorar, como disse anteriormente, a tendência é enrolar até que aconteça o momento certo, então acabamos sofrendo ainda mais, por um longo período. Acabamos ficando bem debilitados, de certa forma machucados, para baixo e com a auto-estima afetada. E como controlar isso? Infelizmente caros leitores, eu não tenho a resposta, gostaria desesperadamente de obtê-la, mas, nem com as mais intensas reflexões isso se tornou possível. Espero aprender com o tempo, com o amadurecimento, e com os tombos que levamos na vida, e sinceramente, acho que essa é a melhor maneira, pois se torna uma aprendizagem natural, com base sólida e segura. Mas, perceber que possuímos a capacidade de sentir algo tão especial também pode ter a sua parte boa, pois, nos torna especial também, nos faz perceber que somos pessoas boas, que buscam coisas boas, e, como diz o velho e sábio ditado popular mais que batido, "quem procura acha", e se realmente, com toda essa intensidade de sentimentos, estamos buscando algo de verdadeiramente bom para nós, logo, acharemos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

E não é para se achar?

Um dos pensamentos muito recorrentes nos relacionamentos hoje em dia é: "Não posso dar muito valor senão a pessoa vai ficar se achando...". O medo de que, caso a outra pessoa note que você está frágil e influenciável devido ao estranho sentimento que está sentido, ela aproveite e faça você de boba, tola, e abuse da sua boa vontade. Então, seguindo esse raciocínio, não devemos demonstrar para a pessoa na qual estamos sentindo algo especial, este sentimento, devemos fingir que ela não está tão por cima assim, para que a pessoa não perceba que você está vulnerável.

Para mim é muito estranho perceber que o que era para ser uma troca de bons sentimentos se torna uma briga pelo poder, uma disputa para definir quem está por cima. O que era para ser composto apenas por boas intenções, e ter como objetivo agradar o outro, acaba se tornando algo ruim, em que fazer coisas boas para quem está do nosso lado se torna errado graças aos medos e inseguranças que passeiam pelas nossas cabeças. Ou seja, em vez de valorizar quem está com a gente, devemos diminuir a importância desta pessoa.

Isso também pode ser claramente notado em projetos ou inícios de relacionamentos. No jogo da conquista, mostrar para o outro o sentimento que está nascendo passa a ser errado, pois como não conhecemos bem a pessoa, as chances de ela usar o fato de você gostar dela para se valorizar em cima de você é maior. Intão assim caimos no joguinho de "vai não vai", "mostra e não mostra", ficamos jogando charme e fazendo de difícil, quando na verdade queremos agarrar a pessoa e dizer tudo que está acontecendo com a gente. Mostrar para a pessoa que você sente algo de muito especial por ela passa a ser questionado, e o cálculo e a frieza acabam vigorando, como se o amor fosse uma ciência exata em que se você seguir uma certa regra você terá êxito. Infelizmente, diferente das fórmulas matemáticas, nos relacionamentos essas regras não podem dar nenhuma garantia de sucesso, logo, não tem porque complicar algo que deveria ser tão simples.

É triste reparar que, algo que era para ser bom, acaba se tornando motivo de sofrimento. Daonde as pessoas tiraram que o amor é triste? Que no amor deve haver sofrimento? Que demonstrar afeto é errado? Um relacionamento tem que ser algo que coloque a gente para cima, o amor é um sentimento tão bom que coloca-lo como algo que atrapalha é descaracteriza-lo. Se você perceber que a pessoa que você gosta aproveita dos seus sentimentos, não leve para frente, com certeza você terá muito sofrimento que acabarão por anular as coisas boas que são trazidas pela vida a dois(ou três...ou quatro...).

Por isso que eu apoio que as pessoas devem sim demonstrar os seus sentimentos, tornar os relacionamentos felizes. Estar com o outro é valorizar o outro, mostrar para a outra pessoa o quanto a gente gosta dela, o quanto isso pode ser bom. Isso que é amor de verdade, amor deve ser motivo de felicidade e não de tristeza. Devemos fazer a outra pessoa se achar sim, não tem nada de mal nisso. Se a pessoa não consegue entender isso, ela que não esta fazendo por merecer esse sentimento tão valoroso. Não há nada melhor do que perceber que a pessoa que está com a gente nos deixa feliz e se preocupa com os nossos sentimentos, esse é o grande combustível que move um bom relacionamento, um relacionamento feito de alegrias. E tomara que as pessoas um dia entendam, o quão bom pode ser amar e ser amado, trocar esse sentimento um com o outro, demonstrar isso para a pessoa da qual gostamos e deixar de lado os medos e inseguraças, eu torço para que as pessoas passem a dar valor a esse sentimento e esqueçam essa briga de egos que destroi momentos que seriam de alegria. Afinal, esse que é o objetivo de um relacionamento, esse é o objetivo do amor, fazer a pessoa se achar, fazê-la feliz.

Castelo de areia

Castelos de areia são interessantes, você os constrói, dá duro trabalhando neles, se esforça, até que fica pronto, e claro, você fica todo orgulhoso querendo mostrar para as pessoas o que você fez. Até que, a maré sobe, e leva tudo embora, todo o seu esforço e trabalho literamente desaparecem e no dia seguinte é como se nada tivese sido feito ali, onde estava o castelo. Bom acho que no caso dos castelos de areia as pessoas já estão acostumadas a isso, por mais que dê uma pontinha de decepção, era esperado que ele não ficasse no lugar durante muito tempo. Mas, e quando nós esperamos que o que a gente faça fique marcado? Infelizmente não é apenas com castelos de areia que nós vemos o que fazemos ser "levado pela maré".

Caros leitores, vocês já se esforçaram por alguém? Se a resposta for positiva, vocês esperavam que o que vocês fizessem ficasse marcado para esta pessoa? Imagino que sim, afinal quando amamos esperamos ser amados, não é? Infelizmente o que acontece muito é você perceber que o que você fez de bom para alguém simplesmete desapareceu, feito um castelo de areia levado pela maré, e que depois, fica como se nada tivesse acontecido. É como se o que voce tivesse feito de bom para a pessoa não tivesse causado efeito nenhum, a sensação que fica é que não teria feito diferença nenhuma se você tivesse feito ou não. Aí fica a dúvida, é legitimo esperar o reconhecimento da pessoa? Alguns diriam, poxa, mas não podemos fazer as coisas esperando algo em troca, mas, meus caros, na minha opnião isso é humanamente impossivel.

Sempre que fazemos algo, esperamos receber alguma coisa em troca, isso se chama motivaçao, é ela que nos move a fazer as coisas. Vamos a um exemplo, daqueles bem tristes, uma criança faminta te pede comida, podemos pensar, tá, o qu eu iria querer em troca, oras, e a sensaçao de ter feito algo bom? A sensaçao de consciência limpa em ter ajudado, ter feito a sua parte, de saber que aquela criança não vai passar fome pelo menos nas próximas horas? Essa é a motivaçao. E, vamos pensar, se fosse alguém que você não gostasse, que voce soubesse que não mereceria, voce não teria essa sensação boa e nao teria sido tão gentil. Passando essa parte da motivação vamos pensar no caso especifico, qual a motivaçao que voce tem em fazer algo bom para alguém que você goste, ame, que está junto de voce? Claro, temos a sensação boa de fazermos algo bom para quem gostamos, mas, em um relacionamento as coisas vão muito além disso, pois quando fazemos algo bom pra alguém que amamos nós estamos mostrando para ela o valor que ela tem na vida da gente, mostrando o quanto ela é importante porque queremos ser importante na vida da pessoa também.

Não sejamos hipócritas em pensar que não queremos algo em troca, porque, quando percebemos que para a pessoa, o que a gente fez não teve valor, ficamos extremamente decepcionados e tristes. Se essa motivação não tivesse importância, porque ela nos afetaria tanto? Como eu já disse anteriormente, quando amamos queremos ser amados, se não fosse assim nos contentariamos com amor platônico, mas, você conhece alguém feliz em um amor não correspondido? Acho que não. Afinal, um relacionamento é vivido a dois, e a intenção é que seja uma via de mão dupla. Mas, a minha intençao aqui não é ficar choramingando a falta de carinho, até porque isso não resolveria a situação. O que eu pretendo fazer é mostrar para alguém que não dá valor ao amor que recebe, parar para refletir o que está acontecendo, meditar sobre os seus relacionamentos e tentar reparar se estão realmente dando o merecido crédito para a pessoa que está do lado dela. É muito fácil encontrar defeitos e reclamar sobre expectativas não realizadas, mas, também deveria ser fácil lembrar dos momentos bons a dois.

Por enquanto é só, até a próxima.

Introdução

Bom, meu primeiro blog, meu primeiro post, é tudo meio novo e confuso, intão, para iniciar, decidi falar sobre o porque deste espaço. A minha mente é um fervilhao, incansável e incontrolável, pensa milhares de coisas a todo o instante. Mas...essas milhares de coisas quase sempre ficam aqui guardadinhas, e mesmo se são divididas com alguém, sao pouquíssimas pessoas que possuem a oportunidade de analisar o que rola nas minhas frenéticas filosofias. Logo, decidi compartilhar com quem quiser ler partes das minhas análises e pensamentos, mais precisamente sobre pessoas e relacionamentos. Poxa, mas porque tema tão complicado, oras, porque com certeza esse é o tema que mais aflinge os meus devaneios e mais toma conta de minhas humildes reflexões, e sinceramente imagino que não seja apenas comigo, afinal esse é um dos temas que mais causam complicações na vida das pessoas. Não estou aqui para discutir correntes filosóficas sobre o homem e nem sobre áreas descordantes da filosofia, psicologia, teologia, etc., muito pelo contrário, eu imagino que quanto menos as coisas ficarem ligadas a estes conceitos melhor, prefiro pensamentos livres e sinceros, quer venham do fundo da alma, ou da mente, depedendo do que você acredite. Também quero deixar aqui a intenção que esse blog seja bem interativo, que quem chegar a ler realmente comente e deixe a sua opnião, ela é realmente importante, seja a favor ou contra, pois não me acho o dono da verdade e um dos motivos de escrever aqui é o de abrir caminho para novas idéias e chegar a algo mais conclusivo, se é que isso é possivel em um tema tão complexo e divergente, mas, não custa tentar. Espero que leiam, e que pelo menos formem uma opnião sobre o que estiver escrito. Tomara que tenhamos uma ótima convivência aqui e tentarei atualizar regurlamente, se eu for seguir a ordem dos meus pensamentos este blog seria atualizado toda hora mas espero que pelo menos uma vez por semana tenha um texto novo aqui. Então, vamos por a mão na massa.